Investir em
Saúde Mental” é o lema proposto pela OMS
Em 10 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Saúde
Mental. E a campanha para este ano, eleita pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Investir em Saúde Mental”, uma vez que a entidade considera que
faltam recursos financeiros e profissionais capacitados, principalmente em
países de baixa e média renda. Segundo a OMS, faltam investimentos em serviços
de prevenção e no tratamento de doenças mentais, neurológicas e de distúrbios
associados ao uso de drogas. Nos países mais pobres, a destinação de recursos
para a saúde mental gira em torno de 2%, índice considerado pouco se for levado
em conta que um em cada quatro pacientes que se dirigem aos serviços de saúde
têm pelo menos uma doença mental ou comportamental.
As patologias mais freqüentes no mundo são as esquizofrenias (21,2%),
depressões (14,9%), oligofrenias (13,3%), alterações associadas ao consumo do
álcool (8,8%) e neuroses (8,6%).
Um relatório publicado recentemente demonstrou que 50 milhões de pessoas
sofrem de epilepsia e 24 milhões de Alzheimer e outras demências. Estima-se
ainda que cerca de 900 mil pessoas cometam suicídio todos os anos.
A Assembleia Legislativa de São Paulo realizará Sessão Solene no próximo
dia 26 de outubro, às 10 horas, para comemorar o Dia Mundial da Saúde Mental.
Pelo Brasil, têm sido cada vez mais frequentas as denùncias relacionadas
à desassistência, resultado da política de redução de leitos adotada pelos
governos, sem levar em conta o grande número de pessoas portadoras de
transtornos mentais entre a população e o crescente número de usuários de
drogas.
Recente reportagem veiculada pela afiliada da TV Globo de Goiás, por
exemplo, denunciou o iminente fechamento de importantes instituições
psiquiátricas da região, por falta de dinheiro para pagar as despesas mais
básicas. Caso do Sanatório Espírita de Anápolis, por exemplo, que possui 346
pacientes internados e um déficit mensal de R$ 50 mil. Considerado uma
referência na região Centro Oeste do estado de Goías, o hospital recebe
pacientes de 15 municípios, mas pode fechar as portas em 2 de novembro caso os
governos municipal e estadual não autorizarem o repasse de recursos extras. Em
entrevista, o representante de Ministério Público local, Marcelo Celestino,
afirmou que o Estado tem obrigação de manter estas unidades, porque fazem parte
da rede. Segundo ele, apesar de não decretar o fim dos leitos psiquiátricos de
forma objetiva, o governo tem utilizado a tática de sufocar financeiramente os
hospitais para que eles acabem fechando as portas.
Acompanhe, ao longo desta semana, mais notícias sobre as comemorações e
a repercussão do Dia Mundial da Saúde Mental.
Fonte: SINDHOSP
Publicado em 10/05/2013
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